Boa sensação aquela... o leve vento roçando nas delicadas faces de uma garota curiosa... aquele ventinho, vindo do colorido de belíssimas saias de chita das negras mulheres, era acompanhado de uma suave melodia, suave e alegre.
Uma saia rodada, com flores em tons de azul e um vibrante amarelo... quanta história ela pode guardar? No devaneio de seu pensamento a menina lembrou das sábias palavras de um homem africano, o qual conhecera em um evento. Os sussurros de sua rouca voz ressoavam nos ouvidos da jovem, dizendo-lhe que uma cultura pode se preservar até em uma semente de baobá.
Dando um risinho interior, a rápida rapariga associou a cultura de um povo a uma frágil flor, preservada por séculos em uma redoma.
Os ágeis movimentos das esbeltas mulheres lhe traziam uma boa energia. Era a sensação de que a garota havia penetrado em um mundo diferente, em um outro continente. Parecia que entrara nos versos coloridos que uma outra jovem, com majestosos traços africanos, escrevera em um velho diário. Era escrito em uma língua distinta, não presente no vocabulário da menina, mas valia a pena escutar, pois aquelas palavras em seu ouvido, pareciam música.
Por: Catarina Custódio
A dança encantadora, deslumbrante das mulheres, enfeitiçavam o olhar das pessoas, aquilo era um pegueno gesto de ´´manifestação``, elas sorriam, mas por dentro estavam com o todo coração machucado... Acordavam todos os dias com vontade de sair daquele lugar... essa pequena manifestação não passava de um refúgio... ninguém sabia, claro!
Na maioria das vezes, a fuga dava certo... quando não, grande dor no peito... escravizadas... no Quilombo, mulheres lindas dançando... pareciam felizes. Nós até dançamos com elas... aprendemos muito sobre aquela cultura. Não era apenas um trabalho era sim cultura e que podia ser mostrada para todos, sem medo... sensação de sucesso, hoje, tudo mudou.
Giovanna R. e Vithoria G.
Aquarela: Elisa Jorge
Então aqui estamos, quase chegando a hora do tal luau que ninguém sabia ao certo como seria. Nos quartos do hotel, ansiedade, felicidade e risadas, todos supostamente se arrumando para a grande noite. Sinceramente, havia nervosismo, não sabíamos exatamente o que aconteceria, mas era certeza de que seria inesquecível.
No caminho, o vento que batia em nossos rostos podia demonstrar alegria, mas com uma pouco de incerteza. Nossos corações batendo rapidamente transmitiam uma energia positiva para todos ali presentes, nossos pulmões respirando aquele ar tão raro de se sentir... Por um momento, paramos e pensamos que tudo aquilo faria parte de uma memória maravilhosa, que todos guardariam para si e levariam para a vida toda.
Enfim, chegamos! Longas quatro horas de pura diversão, música, cantoria, animação, amizade e muito mais.
Cansados todos foram para os quartos. E foi assim que acabou uma das experiências mais marcantes para todos nós, uma lembrança que jamais será jogada fora.
Valentina e Larissa Carrer
Aquarela: Catarina Custódio
A suave brisa trazida pela calmaria do mar, paz... tranquilidade. A praia trazia lembranças da minha infância; tempo em que eu e minha já falecida avó pegávamos conchas, aquele belo mar cristalino e aquela areia branca e fina me faziam feliz.
Olhava para o chão e via os desenhos e pegadas feitos na areia, imediatamente senti saudades da época em que eu e minhas amigas íamos a praia e desenhávamos nas areias, sentia felicidade e tristeza ao mesmo tempo... é bem difícil de descrever meus sentimentos, a saudade era grande, mas nada derrubava a felicidade que a viagem me trouxe.
O vento batendo em meu rosto, meus cabelos voando, aquilo ah... felicidade. Apesar do bom momento, aquelas lembranças não passavam de nostalgia.
Ana Carolina e Letícia
Já na praia, sentia os finos grãos de areia entre os dedos, a brisa refrescante do mar e o agradável calor do sol pairavam em meu ser.
Em fila, as crianças entravam cada uma em seu barco para iniciar uma viagem rio adentro. Uma parada no mangue para se refrescar, de maneira suave cada pessoa pisava por entre a água e sentia leves pontadas de pequenas raízes embaixo de seus pés.
Voltando ao barco despreocupados e aliviados, brincavam e tiravam fotos de sua volta de viagem no mangue. Ao chegar em terra, cansados da viagem, caminhavam devagar até seu ônibus, ah... que sensação boa. Eu me sentia realizado e livre com essa viagem.
Gustavo Borghi, Matheus Camargo, Heitor Garbelini
Apenas um Luau, a sensação de curtir a beira mar, observar a lua, aproveitar os últimos momentos daquele dia, a sensação da brisa suave batendo no rosto... naquele momento, não pensava mais em nada...
Gozar, naquele momento era a única coisa importante, meus amigos, curtindo aos montes, o som alto me fazia feliz, a natureza, a nossa volta, me fazia refletir, como o mundo é belo.
No final, depois de todos esses sentimentos, um sentimento ruim, ter que ir embora.
Pedro Henrique C. Pereira e Henrique C. Bau Segarra
Dentro da barca que flutuava no rio, senti a brisa tocar minha pele e balançar meus cabelos. O vento mexia a barca, assim como tudo dentro de mim.
Meus pensamentos voavam e rodavam junto às folhas, que caiam das árvores...tudo se acalmou... meu corpo, meu coração e minha mente. O sol reluzia na água cristalina. Pensei em como tudo aquilo era especial. Desde a pequena flor amarela ao grande manto azul que se estendia sobre as nossas cabeças...
O belo canto do passarinho chamava-me para as matas que beiravam o rio. Arrepiei quando a melodia ecoou pelos meus ouvidos. Senti como se meu corpo dançasse ao ritmo da natureza.
Elisa Coimbra e Pietra Agostini
O ar frio daquele momento acalentador gelava as frágeis mãos de uma pequenina e audaciosa menina. O céu azul de aspecto caloroso se contradizia com o gélido clima de inverno... as fusões de temperatura podiam ser comparadas com a mescla de sensações daquela ínfima criatura, era a mais verdadeira prova de que até os que pouco viveram, muito tem a descobrir.
Aquelas serenas ondas do mar que emergiam com os mais lindos tons de um verde azulado traziam uma tranquilidade e paz aquela simples garota. Mas qual foi a sua surpresa ao descobrir aquelas conchinhas, as puras provas da magnificência do tempo? Ah... o tempo... o quanto com ele e só ele, podemos descobrir? Logo a mente sagaz da jovem refletiu: como as pessoas podem passar desapercebidas a uma beleza natural, feita por aquelas cuidadosas mãos de mãe do mar? Enfeitadas com carinho das cores mais repletas de significados, para não se sentirem desprezadas, as conchinhas permaneciam intactas naquele embalo das ondas do mar. Logo a guria pensou, aqueles embalos se assemelhavam aos empurrões dados por seu pai quando criança, no antes grandioso balanço.
O perfume da majestosa e ao mesmo tempo singela praia, trazia à tona boas vibrações, assim como o mar trazia as pequeninas conchas. Parecia que a brisa sussurrava em seu ouvido, dizendo para acordar, pois o devaneio fora o suficiente para que algumas importantes lembranças e reflexões fossem feitas... O silêncio do instante fazia com que a menina desejasse não mais acordar, pois era aquela sensação que queria ter para sempre.
Catarina Custódio e Nicolly Tonkio
Último dia... passeio de barco pelo núcleo picinguaba, o vento soprando em meu rosto. Água gelada adentrava ao barco, garoa... O barco passava entre as plantas, tudo era tão maravilhoso...o cheiro da mata super agradável. Vontade de voltar ao tempo, sentir tudo novamente...
A praia... não há sensação melhor do que pisar na areia e sentir a brisa do mar. O contato com a natureza é a felicidade de encontrar o paraíso... as ondas do mar gelado batendo sobre nossos pés, refrescando o calor do sol daquele dia... Adoraríamos repetir a sensação de liberdade e essa ótima experiência...
Isabella Martinho e Giovana Rebane
A praia, não estava um dia ensolarado, mas do mesmo jeito é muito bom ficar lá. O vento batendo no rosto, a agua nos pés, tudo traz sensações de alegria, conchas no chão, palmeiras fazendo sombra, nunca mais queria sair de lá.
No final, um pôr do sol laranja atrás das montanhas, esse foi o melhor pôr do sol, renovou minhas energias.
Depois disso voltamos para o ônibus e fomos para o hotel com as lembranças daquela praia.
João Barros e Tiago Benez
Algumas horas na praia que costumava ir com meus pais quando menor, foi o bastante para que todas as lembranças viessem à tona.
A água em meus pés... lembrava-me das brincadeiras com papai, a areia passando pelos meus dedos, lembrava-me dos castelos que eu fazia com mamãe.
E mesmo que tudo isso tenha acontecido há tempos, ainda estava muito presente em minha memória. O cenário da praia desencadeava um sentimento incrível, fazia sentir meu corpo mais leve e com uma sensação de tranquilidade que corria por mim.
A cada onda que vinha era uma lembrança que aparecia mesmo sendo boa ou ruim. Prometi a mim mesma que não deixaria esse momento perder-se em meu mar de lembranças.
Lygia Soares e Victória Baptista
A brisa no meu rosto, a vista é de viver, lindas ondas e viva mata. Entrei no manguezal, um arrepio... aquela lama nos pés e uma água fria ao ponto de congelar. Todos ao redor com medo dos caranguejos que ali tinham sido avistados... bobagem!
No começo, a água e a lama incomodavam por motivos óbvios, mas depois ninguém mais queria sair dali... vontade de ficar para sempre... Sensação indescritível, parecia que estava pisando nas nuvens.
Hora de sair... para que ir embora? Ficar... até o último segundo... ficar... uma das melhores sensações... quase impossível de explicar.
João Godoy
Pedro Kussunoki
Diversas ideias permearam as discussões para o projeto que seria desenvolvido nos 7º anos. A que mais agradou a turma fora o fato de aliar o estudo do meio (São Sebastião/ Ubatuba) experiência envolta pela interação e vivência, ao uso de novas tecnologias na aula de Informática e abordar a Língua Portuguesa com textos que buscassem maior autoria.
O que de fato seria importante era fugir do comum, tanto para os alunos quanto para os professores. Foi então que os educadores Ana Claudia Loureiro e Diego Benício passaram a pesquisar instrumentos que viabilizassem a aprendizagem, cumprindo com metas e normas estabelecidas pelos PCNs e que de forma geral garantissem uma aprendizagem qualitativa e significativa aos alunos, gerada por experiências que utilizassem recursos pertinentes às novas tecnologias essenciais e indispensáveis pelas competências do novo milênio.
Deste modo surgiu o projeto, “uma história, um café...”
Sejam bem-vindos ao livro digital! Nele, contos curtos que envolvem sentimentos, sensações e lembranças serão explorados.
É o Colégio Santa Clara explorando o uso de novas tecnologias aplicadas à educação!