Narrativas Digitais

Uma história, um café...

7º ano D

2017

A chuva e o mar


Na chuva, sentia o balanço das ondas do mar. Em meu pequeno barco, as vibrações, os gritos e as risadas.
Seguímos em frente... o barco parou... o guia e aquela explicação sobre manguezais. O som suave batendo na água... Espanto... era um menino a urinar no lodo suado do mangue, risos...
Voltamos para o barco... todos conversavam. “SPLASH” ... eu caído na água... fui empurrado. A água estava muito gelada... deu um frio na espinha, mas sai rapidamente. Só posso afirmar... que beleza a chuva e o mar.

Gabriel Ishicava Caleffi e Gaetano Ferraresso Guinalz



As sensações


Janelas fechadas, ninguém naquelas ruas cheias d´agua. O vento de final de chuva batia em meu rosto, minha roupa... molhada, chuva vespertina. A beleza das casas era imensa o ar estava denso e as árvores apareciam em meio à neblina tudo estava perfeito.
O homem falava sobre a igreja... observava os lindos vitrais... me sentia parte da história... a praia... ahhhh areia molhada em nossos pés e o som das ondas do mar... relaxante. Ao anoitecer... a lua iluminava tudo a sua volta, exaustos e com sono, contemplamos os sons da natureza.

Amanda Soana e Juliana Pesciotto

Caminhada Pelo Mar


As ondas batiam em nossos pés, caminhávamos beira mar, os pássaros cantavam, observávamos uma bela vista e o sol batia em nossos rostos. Sentamos na areia quente da praia... o vento também soprava em nossas faces. O tempo passava... Vontade de nadar como um peixe naquela água gelada... gotas de água caiam do céu. A chuva aumentava... o ônibus partiu, deixou todas as nossas sensações para trás e seguiu um novo rumo.

Fernando Mussi e Mateus Mantovani


Constelação


Mamãe ligou dizendo que minha avó estava passando por uma cirurgia de alto risco. Fiquei desolado. Queria ficar sozinho, sentei-me à mesa e refleti sobre o que havia feito com ela todos esses anos. Foi um grande flashback. Eu a amava muito, não estava pronto para perdê-la.
Um de meus amigos ficou preocupado e veio me perguntar o que acontecera... não respondi, mas ele entendera que minha avó havia morrido.
A notícia estava espalhada pelos quatro cantos do resort. Todos estavam aos prantos. Com todo aquele caos, acabei acreditando que era real. Um monitor do hotel me chamou para conversar... estávamos sentados em uma mureta perto do rio, tentava incansavelmente enxugar minhas lágrimas. Uma dor terrível se abrigava em meu coração. Estávamos em um silêncio mortal, até que ele me contou que seu pai havia morrido há alguns anos e que sabia pelo o que eu estava passando.
Ele apontou para uma estrela, depois para outra e mais outra. Com voz aveludada ele me disse que todas aquelas estrelas formavam uma constelação. Todas elas, juntas, faziam perfeitamente a imagem de um escorpião. Caso uma delas sumisse, o formato daquela constelação não estaria completo. Porém, depois de um tempo, aquele espaço seria preenchido por uma outra estrela, uma mais jovem e dourada. Senti que ele havia usado as estrelas como metáfora para o vazio em meu coração, que, mais tarde, seria ocupado por alguém novo, tão especial quanto minha avó.
Dei um sorriso, ainda observando as estrelas, recebi um telefonema da minha mãe, ela disse que minha avó havia saído da cirurgia e que estava melhor do que nunca. Naquele momento, a ficha caiu, aquilo não passava de um grande mal-entendido.
Uma lágrima caíra do meu olho, mas desta vez, de felicidade...
Diego Veroneze e Sofia Rocha


Lembranças


Fim de tarde, o sol se pondo, a menina caminhava pela praia com a brisa em seu rosto, a areia fria em seus pés, seus cabelos louros se mexiam com o vento, seus olhos tinham a mesma cor do belo azul do oceano, os pássaros voando, o céu escurecendo e o som das ondas quebrando lhe faziam lembrar de todos os momentos bons de sua vida.
Já era tarde, estava ficando noite, era hora de despedir-se da praia, suas pegadas na areia iam se apagando, mas aslembranças do lindo lugar nunca seriam esquecidas.

Beatriz Junqueira Martinho e Marina Mello Di Cunto


O Dever me Chamava


Eu, naquela salinha, preso na sensação de não poder tocar o pé no mar salgado... a única água que poderia tocar no momento era a da pia. Meus amigos se divertiam na areia... A doença prendia-me... consumia-me, misto de tristeza e dor... física e psicológica.
Arrependimento, sim... arrependimento por ter comido tanta feijoada no dia anterior. Naquele ponto o banheiro era quase meu, aquelas 3 horas foram as maiores da minha vida, pois no vaso sanitário o tempo passa mais devagar. Sabia agora o sentido de ter uma vida “privada”...
David Marão Spungin


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O Barco


Ao longo daquele arenoso rio, uma forte vibração... como se um cardume inteiro passasse em baixo de nossos pés. O balançar do barco e a ginga do rio me faziam mais leve... renovavam minhas energias.
A curiosidade em saber o que já havia passado por ali, as diferentes vibrações e os diferentes pensamentos... aquele jovem canoeiro sabia tanta coisa... e ainda contava-nos suas histórias do rio.
A sensação era muito boa... dava-nos uma sensação de leveza, nos dava calma durante a navegação naquelas águas cristalinas... por lá também passavam animais. Diferentes animais e plantas que nos davam uma sensação diferente... como se estivéssemos em seu lugar, ocupando um espaço que talvez não fosse nosso...
Será?
Julia Siciliano e Lucca Prado



O SENTIR


A menina, uma grande aprendiz, caminhava pela praia. A brisa forte em seu rosto, a areia fria em seus pés e as pequenas ondas do oceano, faziam sua imaginação flutuar. As conchas espalhadas pela areia, guiavam seu caminho sem um destino. O balanço das águas a deixava cada vez mais alegre. Fim de tarde, o sol ainda refletindo no belo azul do oceano, os caranguejos se escondendo assustados com os passos, o som relaxante das ondas se quebrando na beira da praia, as folhas das árvores indo de lá para cá com o movimento do vento e os rastros que iam deixando na areia logo se apagavam.
A menina sorria, seus olhos azuis brilhavam junto ao sol, os cabelos levemente castanhos balançavam de um lado para o outro, a beleza daquele lugar era mais do que o normal. O pôr do sol ia chegando, a praia escurecia, a maré baixava, já era hora de ir embora... ao olhar para trás despediu-se, deixando no lugar boas lembranças.
Beatriz J. Martinho, Ingrid Kikuta e Manuela Franco Gomes

Ondas do mar


As ondas batiam nas pedras e o vento soprava meus cabelos. Caminhávamos na velocidade do mar, alguns corriam... outros simplesmente andavam, mas todos estavam juntos, paramos para escrever sentimentos, carinho, amor.
O sol escondido, deixou o dia mais escuro... um óculos de sol... sem utilidade, além do mais, para que serve um óculos de sol se ele não pode proteger os olhos de alguém?
As ondas do mar estavam fortes e água gelada...como o sentimento de quem não consegue amar... a onda do mar crescia, poderia ela este sentimento levar? Ahhh levou...

Isabelle Rezende e Sofia Rey



ORGULHO ÉTNICO


Sentia um aperto, um misto de sensações, de orgulho e dor... as histórias de uma mulher negra sobre seu passado e seu lugar atual.
Melancolia por contar uma história marcada pelo preconceito racial que sofriam... a humildade no olhar de quem tem uma vida simples, mas está sempre com um sorriso de uma orelha a outra.
Contudo... cabeça em riste, olho no olho... Vi tristeza, sem deixar de lado à esperança. Sobre tudo... notei, senti, gritei o sentimento de orgulho por ser negro, por ser livre, por ela ser mulher, Mulher Negra... Negra Mulher. Estava no lugar dela... sem questões sexuais, apenas sociais.
Leandro Porto e Cauê Setin

A Areia e o Mar


A brisa leve batia em nossos rostos, nossos pés encostavam na areia fria, o cheiro de água salgada entrava por nossas narinas o que causava um extremo bem-estar. Nem frio nem calor, junto a meus companheiros, apreciava uma tarde de outono. A caminhada era agitada, garotos e garotas, todos procurando algo a se concentrar. Tiramos os incômodos de pés, ou mais conhecidos como sapatos e entramos no congelante oceano Atlântico.
As ondas batiam em nossas peles de modo que percebemos a vida, o movimento, o som, a natureza, são todas partes do mesmo conjunto, o mundo maravilhoso que nos foi dado. As emoções, tudo... parte de outro conjunto, a vida que anda... sintonia. As pequenas ondas batiam em nossas canelas fazendo com que ficássemos arrepiados. Fora as satisfações de usar suas cordas vocais, não se ouvia quase nada, apenas a longa conversa do mar, da areia e dos passarinhos.

Giovanna Felice e Estela Mercadante



VALEU A PENA


Ansiosa, aguardava a viagem, o dia finalmente chegou. Feliz e animada, mal conseguia dormir, o que foi um problema, ela deveria estar na escola cedo ou dariam o embarque por encerrado e partiriam sem ela ... a noite passou, sensação de que ela não dormira.
A alegria havia se transformado em cansaço e muito sono; o ônibus podia ser resumido por uma única palavra: CAOS. Não conseguia descansar dentro de um ônibus cheio de crianças barulhentas e cheias de energia. Parecia uma verdadeira selva.
Tudo valeu a pena quando chegara à praia e sentiu o vento bater em seus cabelos, o que fora algo realmente libertador, todos os seus problemas desapareceram por um milésimo de segundo era como se estivesse esvaziado a cabeça e levado todos os pensamentos e devaneios para o vasto azul do mar. Valeu a pena!
Isadora Oliva Sonnino e Sophia Gasparini Folegatti Durães


Coração Frio


O vento batia em nossos cabelos, naquele momento, tudo que pensávamos era sobre como seria pisar naquele barro nojento, os caranguejos pareciam olhar para nós com ar de desgosto parecendo não gostar de nossa presença.
O medo da canoa virar era imenso, ao tocar no mangue sentimos arrepios, a agua estava muito fria.
Já na praia, aquele cheiro de água salgada fazia com que a caminhada ficasse melhor ainda sentindo a vida leve e esquecendo dos problemas, todos com vontade de entrar no mar mesmo sabendo no fundo do coração que a água estava de congelar os nervos.
Ao entrarmos na água o arrependimento bateu como maré, realmente fria como o coração de alguém que não sabe amar.

Letícia Ramos e Rafaela Sato

Projeto: Uma história, um café...


Diversas ideias permearam as discussões para o projeto que seria desenvolvido nos 7o anos. A que mais agradou a turma fora o fato de aliar o estudo do meio (São Sebastião/ Ubatuba) experiência envolta pela interação e vivência, ao uso de novas tecnologias na aula de Informática e abordar a Língua Portuguesa com textos que buscassem maior autoria.

O que de fato seria importante era fugir do comum, tanto para os alunos quanto para os professores. Foi então que os educadores Ana Claudia Loureiro e Diego Benício passaram a pesquisar instrumentos que viabilizassem a aprendizagem, cumprindo com metas e normas estabelecidas pelos PCNs e que de forma geral garantissem uma aprendizagem qualitativa e significativa aos alunos, gerada por experiências que utilizassem recursos pertinentes às novas tecnologias essenciais e indispensáveis pelas competências do novo milênio.

Deste modo surgiu o projeto, “uma história, um café...”
Sejam bem-vindos ao livro digital! Nele, contos curtos que envolvem sentimentos, sensações e lembranças serão explorados.

É o Colégio Santa Clara explorando o uso de novas tecnologias aplicadas à educação!

Narrativas Digitais

Contos

Colégio Santa Clara

Profs. responsáveis:
Ana Claudia Loureiro - Informática
Diego Benício - Língua Portuguesa


Alunos do 7º ano D



São Paulo

2017