O barco balança na ginga do mar, ela observa seu reflexo na água. O que se passa na cabeça daquela doce menina? O barulho da escuna, a música e as risadas não são suficientes para desconcentrá-la. O vento bate em seus cabelos louros. Ela pula no mar e não desgruda os olhos daquele menino que a convida para nadar. É possível ver o seu reflexo debaixo d’água, ela procura os peixes como se fossem tesouros. O sol reflete em seu sorriso traduzindo sua inocência.
Isabella Callejon e Julia
Durante a trilha imaginávamos o sofrimento dos escravos que por ela caminharam, ao andar sobre as pedras com a mesma sensação de dificuldade, ao passar pelos locais úmidos e escorregadios. Enquanto garoava, percorríamos aquela longa trilha. Na caminhada, o lindo som das águas, em frente, um lindo fenômeno: as cachoeiras. A mata tampava o céu azul e o som dos pássaros dominava aquele espaço.
Após uma parada, um homem... Quem seria? Um senhor que cuidava do local, contando sua história. Todos se emocionaram ao ouvir tudo o que ele dizia. Continuamos a caminhada. Ao final na trilha, muito cansados, todos pararam para refletir sobre aquilo que vimos.
Beatriz e Julia
Eu sentia a brisa do mar e as delicadas gotas batendo em meu rosto, a linda paisagem de Paraty. Suas lindas praias, sua linda igreja, tranquilas ondas e tranquilas pessoas.
Amarrei a isca, uma minhoca de elite, joguei meus braços para trás e SPLASH! Joguei-a na água, senti o puxar do anzol, e comecei a girar o molinete. GLUP, GLUP! Nem tão pesado, nem tão leve... O que será que é? Tainha! Não, muito pesado pra ser uma tainha. Seria aquilo um magnífico peixe-boi, ou então um deslumbrante peixe-espada, ou até uma explêndida e gigante baleia-azul? Ou... Será?! Uma surreal e bela sereia que canta sobre meus ouvidos a canção que sempre ouvi na vida, da minha infância, e que ainda vibra sobre meu corpo? IIhh... Fugiu!
Guilherme e Leonardo
Depois de acordar, senti o balanço da escuna, estava meio enjoada, mas logo passou. Uma brisa fria tocou meu rosto e foi, nesse momento, em que senti uma paz total. Longe de carros, barulhos, poluição, apenas o som das ondas colidindo com o barco.
Havia olhado em volta, minha amiga – morena dos olhos escuros e profundos – dormia, todos ao meu redor dormiam e relaxavam. Uma leve brisa trouxe-me uma folha seca, marrom, do tom do meu cabelo.
Fora do barco, conseguia ver lindas praias e ilhas, sentia o cheiro do mar... Adorava aquele cheiro... Cada louco com suas manias! Estaria a água muito gelada? Podia observar pequenos peixes nadando em volta do barco. Todos no barco estavam em sintonia. Tudo estava perfeito! Logo acabaria, iríamos para nossa pousada com uma linda memória para compartilharmos no futuro.
Sofia Brasil
Será que estava fazendo o certo ao atravessar o corredor? Sentia o medo se propagar em minha espinha... Minhas mãos gelavam, minhas pernas tremiam, meu pescoço arrepiava: os efeitos do medo. Ao tocar na maçaneta, um ruído me alertou. As minhas pupilas dilataram para ver o escuro quarto que me aguardava. Ao entrar, recordei de minha coragem. Era o suficiente? Um véu repousava na cama ao lado. Segui em direção ao banheiro, uma brisa bateu no véu. Coloquei minha mão na porta. Empurrei-a. Ao abrir, fui em direção ao espelho. Senti algo repousar em meu ombro, deparei-me com o espelho e com uma figura. AAAAHHHHHHH! Meus amigos acordaram junto comigo, num quarto em Paraty.
Gustavo e Matheus
A luz do luar iluminava meu quarto, a luz branca exibia o rosto pálido de mais uma de minhas musas. O corpo nu e esbelto não me chamava à atenção como horas antes, já que o prazer havia passado e, agora, o remorso pela vida suja me tomara por completo.
A dor e a vermelhidão denunciavam o tempo que passei de frente para a Virgem. O alívio após me confessar não foi igual ao das outras vezes, um pesar parecia levar meu coração à boca. Ódio, angústia, solidão? Uma mistura de sentimentos me envolvia e as salgadas lágrimas molhavam meu rosto, sentia o calor do líquido enquanto avançava.
Um salto para morte ou para vida? Não sei explicar o porquê, mas saltei no mar. A culpa me arrastava para as profundezas da água salgada, uma dor lancinante queimava meus pulmões e, então, tudo pareceu acabar. Senti a escuridão me tomar e o leve beijar dos peixes apreciando a nova refeição.
Matheus Murilo
Minhas lembranças... Eu e meus amigos na escuna, um vento frio batia em meu rosto e encobria a leve brisa que antes vinha das águas do mar, um silêncio me relaxava e seguia – cada vez mais – me dando sono. Só ouvia o barulho das águas e da música tocada pelo Jamaica em seu violão.
A escuna parou num dos seus pontos, a baía de Paraty, recordo que era fundo e eu não sabia nadar. Mesmo assim, pulei e senti aquela água salgada, limpa e cristalina, que era muito fria e tinha diversos tipos de peixes, todos lindos e com cores fortes.
Minha mente deriva entre o centro histórico e a praia de Paraty. Bonitos, calmos e pacíficos. Como podem ser diferentes, mas tão iguais? A beleza histórica pode competir com a natural? Recordo-me de como cada detalhe tem seu valor, de como cada um é cheio de vida e como tudo é importante, de como observar tudo era bom, num lugar em que você se sente livre, com o ar puro, andando pelas ruas sem preocupações, sem carros. Em Paraty, as pequenas coisas nos levam à paz, como as praias, onde a interferência humana é quase nula. Um lugar para você descobrir o que realmente é e aproveitar, sem que nenhuma tecnologia seja necessária.
Dimitri e Pedro Rino
Reflito. Percebo onde estava. Por que estava. Lugar que me traz alegres lembranças – felicidade – sobre algo incrível que passamos. Compartilhamos experiências, companheirismo. Vejo onde queria estar.
Muitas coisas estão presentes em minha memória: meus amigos, as nossas conversas. Coisas tão simples, porém, tão importantes. Estamos na balsa... eu e eles... pessoas com quem tanto gosto de estar.
Agora percebo. Não o significado da imagem, já que não existe apenas um significado, mas que nem dela preciso para me lembrar. Não preciso de nenhuma imagem ou foto para recordar algo incrível que me aconteceu. É desejar e embarcar em minha imaginação. Embarco em Paraty! Naquela Paraty distante...
João e Leonardo
Nas ruas de Paraty, a calçada retrata o passado, as portas gritam suas origens, as construções antigas ajudam a entender o sofrimento, o mar leva o que ficou... chuaa! Aqui tudo fica calmo, as coisas já não têm o mesmo sentido. Os pés já não aguentam mais andar, as pedras são mais um cansaço. Com o ar puro, todo cansaço se perde, toda fraqueza torna-se pouca. O clima indescritível... árvores cansadas de estar em pé, todo sofrimento é pouco! O mar lava as ruas, tira as impurezas restantes... Cada momento tem sua importância, cada lugar tem sua imagem, e quando não conseguimos voltar atrás sentimos saudades. Ahhh as calçadas e ruas de Paraty... Lugar único!
Ana Júlia e Gabriel Cimini
Trilha do Ouro. História do Brasil, desgastante e dificil de andar. Escuta-se o barulho dos pássaros “tatata” , os sapos coachando “crep, crep” as árvores falando... Corri para alcançar os amigos, estavam a frente, mas quase escorreguei por causa de minha pressa , de repente fiquei sozinho! Estava atrás do grupo? Ouvi barulhos estranhos... Pareciam gritos de mulas e escravos não sei bem.. sei que morreram atolados no meio das pedras , fiquei com medo. Dei um grito aaaaaaaaaaaah!!! Sai correndo, cai! Era o medo de estar sozinho na trilha. Pensei que ia morrer... lembrei-me é ouro, é trilha do ouro, os gritos já sumiam, já entendia que era passado, que era história...
Um dia no forte... Muitas árvores, plantas... Liberdade!
O vento refrescante, o canto dos pássaros. Felicidade.
Eu e meus amigos. Um lugar que acolhe, alívio ao pisar naquele ali, mas... Como era na época?... O forte era ativo? E os habitantes? Como se vestiam? Como transitavam? Ahhh, o forte...
Entrar ali parece entrar em casa. Um lugar, simples ou complexo? Sentimento único...
Com um suspiro sinto que o forte é meu lugar.